Esta é uma
postagem especial que faço para a
CBE principalmente por ocorrer no dia da
estreia do Brasil na copa. Conforme a sugestão do confrade Cristiano
Orlandi do blog
Vivendo Vinhos, como o pais inteiro já está no clima de copa do mundo, a nossa confraria não poderia deixar passar em branco. Desta maneira foi sugerida uma
postagem especial sobre o tema vinhos produzidos na África do Sul.
Sugerido o tema, então fui em busca de um vinho produzido naquele país. Confesso que senti um pouco de dificuldades de encontrar um exemplar que coubesse no meu orçamento, bem como neste último mês eu estava com pouco tempo para procurar um exemplar para a degustação.
Desta forma numa das minhas idas ao
supermercado Extra aqui da ilha deparei-me com este exemplar da uva
Pinotage na prateleira do
supermercado custando cerca de R$ 20. Sempre deparei-me com vários vinhos do
club des sommeliers, mas nunca tive coragem de comprá-los, por puro preconceito talvez. Estes vinhos são produzidos através de uma parceria do Grupo pão de açúcar com alguns enólogos com o
objetivo de produzir vinhos de outros países bem como alguns nacionais por um preço mais acessível.
Vamos ao vinho! Primeiramente falarei um pouco sobre a uva
Pinotage que é derivada do cruzamento da uva
pinot noir com a
cinsaut que no país africano era conhecida como
hermitage. Desta maneira surgiu a casta emblemática da África do Sul.
Na taça o vinho apresentou uma coloração vermelho rubi bem viva com uma boa formação de lágrimas ao redor da mesma. De imediato destacou-se o aroma de baunilha bem
característico pelo estágio em barricas de carvalho. Na boca apresentou aroma de frutas vermelhas como morango e amoras e principalmente um forte aroma de café tostado.
Taninos muito vivos que se destacaram principalmente a partir da segunda taça, talvez pelo fato de o vinho ter "respirado" um pouco. Certamente um pouco mais de guarda no vinho ajude a domar um pouco seus
taninos, que pra mim nada prejudicaram a bebida. Definitivamente os vinhos
produzidos a partir da
pinotage têm muita
personalidade o que me agrada muito. Sobretudo essa "agressividade" da bebida como aquele gosto de pimentões verdes, muito comum naqueles vinhos produzidos pela casta
Tannat. A graduação alcoólica de 13,5 só incomodou no final talvez pelo fato de o vinho ter esquentado um pouco na taça.
No final o vinho foi muito boa compra de excelente custo-benefício, que me
surpreendeu muito, uma vez que nunca havia degustado a uva
pinotage!Certamente pelo valor pago comprarei outras garrafas que descansarão um pouco em minha adega, e a propósito amigo Gil Mesquita, também passarei a
degustar outros exemplares do
club des sommeliers deixando o preconceito de lado.