segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Norton Malbec 2006 DOC

Esta é mais uma postagem que faço para a Confraria Brasileira de Enoblogs do mês de novembro sobre o tema "Malbec, da Argentina, de qualquer faixa de preço" cujo tema foi sugerido pelo confrade Gustavo do blog Enoleigos.
Em se tratando de um tema bem amplo com grande oferta no mercado, o mais difícil foi escolher qual bebida degustar, mas por outro lado acredito que será muito boa a participação dos demais confrades uma vez que existem excelentes malbecs argentinos em várias faixas de preços.
Foi então que decidi optar por uma bebida produzida pela Bodega Norton que é uma vinícola bem conhecida pelos brasileiros além de oferecer vinhos com bom custo-benefício.
Vamos ao vinho. Segundo informações da vinícola, o vinho estagiou 1 ano em barricas novas de carvalho e ainda descansou 1 ano na garrafa dentro das caves. Na taça não apresentou uma coloração muito escura nem turva, possivelmente em virtude de prévia filtragem. Muita lágrima também que envolveu toda a taça. Mas diferentemente da maioria dos vinhos do Novo Mundo, não achei a bebida muito amadeirada que veio tão somente para equilibrar a bebida. Nos aromas além de muita fruta madura, destacou-se um leve tostado que agradou muito. Senti um pouca a falta de corpo na bebida, porém nada que depreciasse o vinho.
Por fim, foi um muito bom vinho de ótimo custo benefício, custando cerca de 30 reais.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Gracia de Chile Reserva Superior

Esta é uma postagem que faço pela confraria brasileira de enoblogs do mês de outubro sobre o tema " vinho branco de qualquer origem e preço até R$ 40".
O tema deste mês foi sugerido pelo confrade Marcelo di Morais. Confesso que fiquei um pouco afastado do meu blog no mês passado por causa do trabalho e da faculdade. Mas tentarei a partir de então mantê-lo sempre atualizado na medida do possível.
Considerando o tema sugerido decidi escolher a casta chardonnay que é considerada por muitos como a " rainha das uvas brancas"e normalmente produz excelentes brancos. Então vamos ao vinho.
Segundo informações da vinícola, 100% da bebida estagia por cerca da 12 meses em barricas novas de carvalho francês o que particularmente aprecio bastante ainda mais nos vinhos brancos dando um bom corpo à bebida. Na taça o vinho apresentou uma coloração amarelo-ouro bem viva com tons esverdeados. Apresentou um aroma de baunilhae frutas cítricas.
Na boca destaca-se o côco, baunilha e principalmente amanteigado.
A passagem por barricas fez muito bem ao vinho com uma ótima cremosidade e um leve tostado.
Paguei cerca de 26 reais pela garrafa no Walmart por uma bebida muito boa. Valeu cada gota que recomendo a todos.

sábado, 28 de agosto de 2010

Luis Felipe Edwards Reserva Shiraz 2005


O vinho degustado desta vez é um varietal da uva shiraz e tenho que confessar que a lista de vinhos com esta casta que já degustei não é nada extensa.
Por outro lado, a minha última impressão que tive desta casta não foi nada boa visto que havia provado um shiraz produzido pela miolo no nordeste que, deixando de lado qualquer preconceito com os vinho daquela região, achei intragável com gosto muito metálico.
Ainda bem que este shiraz chileno ajudou a apagar a má impressão anterior que tive da casta.
Vamos ao vinho. Segundo a vinícola o vinho estagia por 8 meses em barricas de carvalho mas especificar se o francês ou o americano.
Na taça o vinho apresentou uma coloração vermelha bem turva, possivelmente pelo fato de sofrer filtragem antes do engarrafamento, e alguns tons atijolados. Em particular, eu prefiro os vinhos que não são filtrados uma vez que querendo ou não essa filtragem acaba por retirar algum aroma escondido da bebida. Apresentou ainda muitas lágrimas que envolviam toda a taça e um intenso aroma de chocolate amargo.
Na boca confirmou o chocolate e lembrou ainda frutas negras bem maduras e até um aroma herbáceo talvez(?).
Certamente recomendaria a compra de outra garrafa que custou cerca de 30 reais, porém por ser safra 2005 acredito que seja um pouco mais difícil de encontrá-la nas prateleiras dos supermercados.

domingo, 1 de agosto de 2010

Casa Valduga Premium Cabernet Franc 2006

Este é o meu terceiro comentário que faço para a confraria brasileira de enoblogs, cujo tema escolhido para este mês de agosto foi sugerido pelo confrade Jurandir Bezerra do blog Eu e o Vinho que é VINHO CABERNET FRANC BRASILEIRO.
Desta maneira escolhi este exemplar produzido pela conceituada Casa Valduga que foi adquirida na confortável cidade de Visconde de Mauá que fica na Mantiqueira fluminense custando cerca de R$ 30.
Segundo o site da vínicola o vinho estagia por cerca de 8 meses em barricas de carvalho francês e evoluiu o restante do tempo na belas caves climatizadas da vinícola que visitei no começo deste ano e somente posto a venda no ano de 2009. Uma das características da vinícola é que ela só põe no mercadoos vinhos das melhores safras, e nos anos em que a colheita não é boa, o produto nem vai para as pratelheiras como o que aconteceu com o os exemplares de casta Pinot Noir que deixou de ser produzida. Vamos ao vinho.
Inicialmente vou falar um pouco da casta cabernet franc, que ao contrário de que muitos pensam é uma casta originária e o seu cruzamento com a sauvignon blanc originou a rainha das tintas a cabernet sauvignon.
Os vinhos produzidos pela franc normalmente são menos agressivos do aqueles produzidos pela cabernet sauvignon principalmente pelos taninos.
Na taça o vinho apresentou uma coloração rubi intensa com algumas notas atijoladas talvez de uma possível evolução.
Lágrimas persistentes que envolviam toda a taça. Aromas de frutas vermelhas em destaque para morangos maduros e no final um quê herbácio. Taninos vivos, porém bem domados sem incomodar em momento algum bem como o teor alcoólico que em seus 13º passou despercebido.
Na boca, permaneceram os aromas frutados e um leve aroma tostado proveniente do estagio em barricas. Muito boa persistência.
Por fim este exemplar da Casa Valduga mostrou-se um excelente custo benefício, visto que está mais do que provado que se pode tomar ótimos vinhos sem comprometer o orçamento, além de para quem está entrando no mundo dos vinhos é uma boa oportunidade de se conhecer este varietal que esta cada vez mais difícil de se encontrar com esta casta.



domingo, 4 de julho de 2010

Trio Merlot 2006

Fazia um tempo que eu não degustava vinhos com personalidade e que mancham os dentes. Desta maneira em uma ida ao supermercado mundial aqui perto de minha casa que deparei com uma promoção de uma garrafa deste assemblage por cerca de R$ 36. Isto porque normalmente o preço do Trio está na faixa de R$ 50. Então eu nem pensei duas vezes e comprei uma garrafa deste exemplar que é produzido pela gigante concha y toro que produz excelentes vinhos a preços acessíveis.
Vamos ao vinho. Trata-se de uma mistura de 70% de merlot 15% de carmenere e 15% de cabernet sauvignon. Segundo o site da vinícola o vinho estagia por cerca de 12 meses em barricas novas de carvalho francês e americano. Não se trata da famosa colheita de 2007 que a Concha y toro tanta exalta e que particularmente possuo uma garrafa guardadinha em minha adega descansando para uma futura degustação. Mas essa de 2006 estava muito boa também.
Ao abrir a garrafa deu-se aquela explosão de aromas frutados bem como de baunilha muito comum aos vinhos que estagiam em madeira.
Na taça apresentou uma coloração vermelha escura e bastante turva certamente por não ter havido filtragem antes do engarrafamento. Apesar de a filtragem deixar o vinho mais claro e brilhante certamente alguns aromas acabam por "escapar" com a passagem nos filtros.
Apresentou ainda lágrimas grossas e abundantes que manchavam toda a taça. Ao agitar a taça destacam-se os aromas frutados típicos da carmenere principalmente de frutas negras maduras e aquele corpo característico da canernet sauvignon.
Apesar de graduação alcoólica em 14,5% o mesmo não incomodou nem um pouco ficando bastante equilibrado na bebida.
Na boca é um vinho bastante frutado juntamente com aromas de café e tostado justamente pelo estagio em madeira.
Trata-se de um vinho redondo com taninos vivos mas bem domados.
Certamente um excelente custo benefício que valeu cada gota do vinho provado!!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Club des Sommeliers Pinotage 2009

Esta é uma postagem especial que faço para a CBE principalmente por ocorrer no dia da estreia do Brasil na copa. Conforme a sugestão do confrade Cristiano Orlandi do blog Vivendo Vinhos, como o pais inteiro já está no clima de copa do mundo, a nossa confraria não poderia deixar passar em branco. Desta maneira foi sugerida uma postagem especial sobre o tema vinhos produzidos na África do Sul.
Sugerido o tema, então fui em busca de um vinho produzido naquele país. Confesso que senti um pouco de dificuldades de encontrar um exemplar que coubesse no meu orçamento, bem como neste último mês eu estava com pouco tempo para procurar um exemplar para a degustação.
Desta forma numa das minhas idas ao supermercado Extra aqui da ilha deparei-me com este exemplar da uva Pinotage na prateleira do supermercado custando cerca de R$ 20. Sempre deparei-me com vários vinhos do club des sommeliers, mas nunca tive coragem de comprá-los, por puro preconceito talvez. Estes vinhos são produzidos através de uma parceria do Grupo pão de açúcar com alguns enólogos com o objetivo de produzir vinhos de outros países bem como alguns nacionais por um preço mais acessível.
Vamos ao vinho! Primeiramente falarei um pouco sobre a uva Pinotage que é derivada do cruzamento da uva pinot noir com a cinsaut que no país africano era conhecida como hermitage. Desta maneira surgiu a casta emblemática da África do Sul.
Na taça o vinho apresentou uma coloração vermelho rubi bem viva com uma boa formação de lágrimas ao redor da mesma. De imediato destacou-se o aroma de baunilha bem característico pelo estágio em barricas de carvalho. Na boca apresentou aroma de frutas vermelhas como morango e amoras e principalmente um forte aroma de café tostado. Taninos muito vivos que se destacaram principalmente a partir da segunda taça, talvez pelo fato de o vinho ter "respirado" um pouco. Certamente um pouco mais de guarda no vinho ajude a domar um pouco seus taninos, que pra mim nada prejudicaram a bebida. Definitivamente os vinhos produzidos a partir da pinotage têm muita personalidade o que me agrada muito. Sobretudo essa "agressividade" da bebida como aquele gosto de pimentões verdes, muito comum naqueles vinhos produzidos pela casta Tannat. A graduação alcoólica de 13,5 só incomodou no final talvez pelo fato de o vinho ter esquentado um pouco na taça.
No final o vinho foi muito boa compra de excelente custo-benefício, que me surpreendeu muito, uma vez que nunca havia degustado a uva pinotage!Certamente pelo valor pago comprarei outras garrafas que descansarão um pouco em minha adega, e a propósito amigo Gil Mesquita, também passarei a degustar outros exemplares do club des sommeliers deixando o preconceito de lado.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Espumante Terranova Brut

Este é o meu segundo comentário que faço para a Confraria Brasileira de Enoblogs da qual comecei a participar no mês de maio a convite do Gil do Blog vinho para todos.
Para a postagem do mês de maio o tema escolhido foi "Espumante produzindo no nordeste", tema escolhido pela confrade Fabiana Andrade do blog vim,vinho,venci.
Confesso que senti um pouco de dificuldade em encontrar algum espumante do tema proposto que não seja doce, uma vez aprecio principalmente os bruts e extrabruts, além daqueles produzidos pela casta prosecco.
Desta forma não tive como fugir e resolvi degustar o Terranova Brut produzido pela vinícola Ouro Verde que pertence ao grupo da gigante Miolo.
Antes do espumante falarei um pouco da região do Vale do Rio São Francisco que acabou por ser uma nova região brasileira produtora de uva, principalmente das uvas que produzem os vinhos de mesa e o grande emprego de tecnologia para os vinhedos. Vale destacar que se trata da única região do mundo que produz 2 safras e 1/2 de vinho do mundo.
Talvez este seja um problema para o produto final, visto que as parreiras não ficam com um período de "descanso", o que ocorre nas regiões produtoras tradicionais.
Vamos ao vinho. Trata-se de um espumante produzido somente com uvas brancas como a chenin blanc, sauvignon blanc e verdejo, sendo que o site da vinícola não informou o percentual de cada casta.
Na taça o espumante apresentou uma cor amarela bem clara quase transparente com alguns tons esverdeados. Apresentou ainda pouca espuma, perlage bem fina e com muito pouca persistência.
Apresentou um aroma bastante floral destacando-se principalmente os de flores do campo.
Na boca apresentou pouca fruta, principalmente se destacando as cítricas como limão e laranja.
No retrogosto um amargor que incomodou bastante, fazendo com que na segunda taça o espumante já ficava bastante enjoativo até difícil de beber. Parece até um pouco contraditório o que vou dizer, mas nem parecia um brut, o retrogosto meio doce indo ao amargo, até meio complicado de se descrever, dificultou muito a degustação ficando muito enjoativo mesmo, tanto que eu e minha esposa tivemos dificuldades de beber a garrafa inteira, e olha que somos fãs dos espumantes.
Pagamos cerca de 18 reais pela garrafa que certamente não compraremos mais. Infelizmente um espumante do nordeste que não me agradou nem um pouco, principalmente pela sensação de amargor que me incomodou bastante. Definitivamente não recomendo a compra!!

sábado, 29 de maio de 2010

Vinho Verde Rosé Casal Garcia

Sou um fã declarado do vinhos verdes, que é um tipo de vinho bastante tradicional de Portugal, cuja a origem por vezes é meio contraditória, uns dizem ser um vinho para se beber jovem, outros dizem que é por causa da uva que é vinificada antes de sofrer total amadurecimento e outro ainda dizem que é vinho verde pois a região onde ele é produzido fica verde o ano inteiro.
Não pretendo entrar no mérito desta questão, mas fato é que vinho verde é sem dúvida um vinho com características muito peculiares.
Principalmente pelo fato de parte da fermentação do vinho ocorrer na garrafa, que geram as famosas "agulhas" como diriam os portugueses dá a bebida uma refrescância ímpar bem como seus aromas frutados que explodem na taça.
O vinho degustado é produzida pela famosa vinícola Casal Garcia muito popular no Brasil, e desta vez resolvi experimentar um vinho verde rosé. Muito dizem que vinho verde rosé ou tinto não são muito bons, mas como todo enófilo tive a curiosidade de provar este rosé.
Na taça apresentou uma coloração rosa tendendo ao alaranjado, ressaltando o aroma de maçã e talvez um quê de morango meio verde.
Na boca ressalta-se o aroma da maçã, principalmente a sua casca, e uma moderada presença das agulhas.
Em outra oportunidade já havia provado o vinho verde branco da mesma vinícola, que na minha opinião se saiu melhor. Mas não foi uma má compra de aproximadamente R$ 25, valeu sobre tudo para se experimentar o verde rosé, mas certamente o branco é uma melhor pedida.

sábado, 22 de maio de 2010

Luis Felipe Edwards Gran Reserva Merlot 2007


Desta vez decidi comentar uma vinho chileno pois havia algum tempo que não degustava os vinhos daquele país que normalmente produz excelentes vinhos a preços bastante acessíveis aqui no Brasil.
Na faixa de R$ 30 até R$ 55 reais encontramos ótimos chilenos até nos supermercados, que têm tido um papel muito importante na popularização dos vinhos visto que o consumidor de vinhos no nosso país começa a querer adquirir vinhos e espumantes de mais qualidade e muito se deve a melhora do padrão econômico das pessoas.
Ao vinho. Este foi produzido pela vinícola chilena Luis Felipe Edwards e facilmente encontrado nos grandes supermercados. Desta vez procurei variar um pouco dos execelentes carmenère chilenos e optei por comprar este Merlot 2007. Pela garrafa, muito bonita por sinal, pagamos cerca de R$ 35 reais no Extra da Ilha do Governador. Segundo a vinícola o vinho estagiu por 12 meses em barris de carvalho francês. Possui a graduação alcoólica de 14%.Na taça apresentou uma cor roxa rubi bem escura com leves tons atijolados. Apresentou também aromas frutados destacando-se morango e amora e um leve sabor de baunilha. Taninos vivos e persistência de regular para boa. Esperava um pouco mais corpo por se tratar de um Gran reserva, mas o vinho estava bem redondo. Taninos vivos e necessitando de um pouco mais de evolução. O álcool não incomodou nem um pouco, e certamente pelo bom custo-benefício, outra garrafa poderá ser comprada e guardada por mais uma ano em nossa adega.

domingo, 16 de maio de 2010

Espumante Brut Arte Casa Valduga

O espumante que será comentado é da linha Arte da famosa Casa Valduga que é famosa pela produção de vinhos e espumantes prezando sempre pela qualidade de seus produtos e embora seja uma grande vinícola nacional passa sempre a impressão de ser uma vinícola bem familiar devido ao cuidado e esmero que têm com seus produtos.
Nas nossas últimas férias visitamos a vinícola gaúcha que possui uma imensa área para a produção de espumantes, sendo que eles só produzem pelo método tradicional.
Vamos ao espumante. Trata-se de um corte de 70% de chardonnay e 30% pinot noir. Depois de feito o vinho base, já na segunda fermentação o vinho ficou cerca de 12 meses em contato com as leveduras que possibilitam um tom mais amarelado ao espumante bem como a persistência do perlage.
Na taça apresentou uma com amarela bem viva se assemelhando bastante a cor de cerveja pilsen. Da mesma forma as borbulhas muito presentes e persistentes, bem como bastante espuma!
Na boca apresentou muito boa cremosidade envolvente, típica dos espumantes produzidos pelo método champenoise, e um leve aroma tostado, possivelmente de um curto estágio em barricas de carvalho, e vale dizer que a Casa Valduga só usa do carvalho francês. Nota-se também notas de frutas frescas talvez abacaxi (?).
É um espumante de médio corpo porém muito fácil de beber, sem contar aquela sensação de refrescância bem comum da bebida!!
Pela garrafa pagamos cerca de R$ 30 em uma adega na cidade de Cabo Frio - RJ, e como já comentei anteriormente até R$ 50 reais fuja dos espumantes importados, pois certamente você encontrará nacionais de muito melhor qualidade!!

domingo, 9 de maio de 2010

A sabragem de espumantes!!


Muitos apreciadores dos "vinhos borbulhantes" não vêem com bons olhos a sabragem das garrafas pois acreditam que o ato de abrir brutalmente a a garrafa faz com que o gás carbônico presente saia mais rapidamente e o sabor do espumante acabe por ser alterado.
Pode até ser que isso ocorra, mas a sabragem é uma tradição que vem desde os tempos de Napoleão lá pelo século XVIII, que em clima de euforia, o general ao retornar de alguma batalha vitoriosa ou não como um grande admirador dos espumantes esse vinho era “merecido nas vitórias e necessário nas derrotas”.
Nos dias atuais essa tradição está presente nas comemorações por dar um tom charmoso e eufórico nas festas, pois afinal o espumante é a bebida da alegria.
Da mesma forma as grande vinícolas da serra gaúcha percebendo o interesse dos visitantes, mantém viva esta tradição e comumente nas degustações dos espumantes uma ou outra garrafa foi aberta pela sabragem. No meu caso não foi diferente, tanto na visita da Peterlongo, quanto da simpática vinícola Garibaldi da qual eu fiz este pequeno vídeo, houve a demonstração desta tradição Napoleônica.

sábado, 8 de maio de 2010

Miolo Reserva Merlot 2007

Este vinho é produzido pelo gigante grupo da Miolo com uvas originárias do vale nos vinhedos na serra gaúcha a qual visitei nas minhas ultimas férias e fiquei bastante impressionado com a estrutura da vinícola para o recebimento de turistas bem como a beleza ímpar da região.
Durante a visitação foram degustados vários vinhos sendo que fica a cargo do visitante a escolha pelos vinhos mais caros da vinícola ou os mais simples. Aquele que desejar degustar os mais caros paga o valor de 15 reais, valor este que é totalmente convertido em bônus para a compra no varejo da Miolo.
Vamos ao vinho, esta garrafa me custou R$ 23 no supermercado Mundial da Ilha, e este não é considerado um dos "top" da vinícola, mas está posicionado de maneira intermediária, pois a linha reserva da Miolo trata-se de um vinho produzido com mais cuidado tanto na seleção das uvas como na vinificação em si. Esta reserva estagia 50% em barricas de carvalho francês e americano e os outros 50% descansam em tanques de inox. Essa garrafa eu consumi em 01/04/10. Na taça apresentou muitas lágrimas com uma cor rubi bastante viva.
Possui um aroma bem frutato, de amoras e framboesas e taninos muito vivos, porém percebi um defeito que incomodou muito que foi álcool. O álcool estava se destacando muito apesar de sua graduação ser de 13% ele se destacava tanto no nariz quanto na boca.
No fim de semana passado degustei uma garrafa do volpi merlot da Salton e achei o vinho muito mais redondo sem o álcool incomodar!! E olha que é um vinho da mesma faixa de preço do reserva da Miolo. Talvez de outra safra o vinho esteja mais redondo, mas sinceramente não gostei deste,

sábado, 1 de maio de 2010

Vinha Dourada Reserva 2005



Este é o primeiro comentário que faço para Confraria Brasileira de Enoblogs cujas publicações eu já acompanhava há um certo tempo, e fiquei muito feliz ao receber o convite para participar da confraria através do confrade Gil do blog Vinho para Todos e espero que minhas postagens ajudem a engrandecer a CBE, lembrando sempre que todas as minhas publicações são meras impressões de mais um enófilo no mundo dos vinhos que não têm nenhuma pretensão comercial nem mesmo profissional, somente mais um amante de vinhos que desejou externar sua opinião, bem como compartilhar suas "eno-experiências".
Desta forma para o mês de maio foi o seguinte tema: "
vinho tinto, elaborado com três uvas. Liberdade para escolher país e faixa de preços" proposto pelo confrade Daniel Perches do Vinhos de Corte.
Vamos ao vinho. Trata-se de um vinho português da região do Douro (D.O.C.), é um assemblage de 50% touriga-franca, 25% de touriga-nacional e 25% de tinta Roriz. Segundo rótulo da garrafa o vinho estagiou 6 meses em barricas de carvalho americano antes de ser engarrafado.
Na taça apresentou cor vermelha tendendo ao bordô com poucos tons tendendo a cor do tijolo, caracterizando um início de evolução. Da mesma forma apresentou lágrimas abundantes e aromas bastante frutados, principalmente frutas negras como amora e um quê de ameixa. Na primeira taça percebe-se a presença dos taninos não muito fortes, mas presentes principalmente com aquele sabor característico de pimentões verdes. Percebe-se levemente a presença de madeira com um suave aroma de baunilha que ajuda a equilibrar os aromas do vinho.
Na segunda taça após o vinho respirar um pouco, percebe-se um leve adocicado do vinho bem como se ressalta o sabor de amoras bem maduras que é aquela mistura do doce com um leve azedinho. Por fim trata-se de um vinho redondo onde a madeira e os taninos não são tão ressaltados e garantindo ao vinho um bom corpo. Considerando o valor pago pelo vinho na faixa de R$ 25 reais no supermercado Prezunic do Rio, com certeza foi uma ótima compra deste vinho que certamente tem um bom potencial de guarda talvez por 2 ou 3 anos.


sábado, 24 de abril de 2010

Salton Brut Reserva Ouro


Quando iniciei no mundo dos vinhos sempre tive uma admiração pelos produtos feitos pela Salton que faz vinhos honestos como da linha Classic para aqueles que começam a gostar dos vinhos.
Nas minhas últimas férias tive a oportunidade de conhecer a vinícola de perto e conhecer os demais produtos da marca e mais especificamente a linha de espumantes.
Um dos espumantes que mais tinha propaganda na cidade de Gramado era este Reserva Ouro que degustei e acabei por comprar no próprio Rio de Janeiro numa das minhas idas ao Supermercado Mundial que definitivamente em termos de vinhos português e Espumantes nacionais tem preço imbatível! paguei pela garrafa R$ 18,90 por um excelente espumante.
O Reserva Ouro é um corte de 60% Chardonnay, 20% Pinot Noir e 20% Riesling, em que 20% do vinho passa por barricas de carvalho norte americano. A segunda fermentação é pelo método Charmat que deu ao espumante uma coloração amarelo-claro indo para o dourado. Na taça apresentou um perlarge fino e persistente além de espuma em abundância. Na boca predominou o aroma tostado, um toque de fermento, provavelmente vindo do estágio em barricas de carvalho, bem como uma cremosidade que envolve toda a boca. Por fim média persistência e médio corpo, e certamente comprarei várias garrafas pois na faixa de preço até R$40,00 os espumantes nacionais são imbatíveis.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Vinho Verde Acácio



Particularmente sou um fã dos vinhos verdes, principalmente quando degustados nos dias mais quentes do Rio de Janeiro. Normalmente os vinhos verdes apresentam uma acidez característica, bem como sendo um "frisante" natural ou agulhas como preferem os portugueses.
Em se tratando de vinhos importados, os portugueses, sem contar os chilenos, são aqueles que apresentam os preços mais acessíveis para nós brasileiros e facilmente encontramos vinhos honestos até R$ 50,00.
Vamos ao vinho.Vinho verde produzido pelo grupo Enoport de Portugal foi comprado por R$ 16,00 no Supermercado Guanabara aqui do Rio, aliás o mercado tem uma adega muito boa com vários rótulos chilenos, portugueses e argentinos, até franceses e italianos os quais não me arrisco em supermercados pois os preço até é baixo mas como sabemos a qualidade é duvidosa.
Na taça o vinho apresentou uma coloração amarelo claro com tons esverdeados. Possui aroma cítrico bem comum nos vinhos verdes. O ideal é que sejam degustados numa temperatura mais baixa, alguns recomendam bem gelados pois assim o vinho mostra melhor suas "agulhas" e resfrescancia.
Na boca apresentou um toque vegetal e no fundo um toque mineral que por sinal muito agradável. O vinho apresentou uma persistência muito boa, além de ser muito leve e fácil de beber.
Por fim mostrou-se ser um vinho bastante agradável e de ótimo custo benefício, principalmente por sua refrescância e persistência.
Certamente comprarei outra garrafa lembrando-se que como não se trata de um vinho de guarda deve ser consumido o mais rápido possível.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Aurora colheita tardia 2009



Confesso que estava curioso por experimentar um vinho de colheita tardia visto que segundo o relato de outros enófilos, são ideais para servir como aperitivo ou acompanhar sobremesas doces.
Desta maneira no mês de março deste ano numa das minhas idas ao Mundial resolvi levar uma garrafa deste Aurora de 500 ml na qual paguei cerca de 12 reais.
Então hoje depois de comer uma deliciosa costelada assada na brasa resolvemos colocar para gelar a garrafa do vinho pra consumirmos como aperitivo.
Ao abrir a garrafa começou a primeira decepção, visto que em se tratando de uma bebida bem doce esperava aquela explosão de aromas florais e cítricos. Mas o que senti foi um singelo e escondido aroma adocicado talvez de mel.
Na taca a bebida apresentou uma coloração amarela-clara bem limpida e nem agitando a taça os tão esperados aromas florais nem frutados apareceram.
Pra continuar com a decepção na boca a bebida tinha um doce meio que artificial, aguado talvez e um profundo amargor no fundo que incomodava bastante. Pra definir o saber melhor, imagina aqueles filtrados doces (sidras cereser, espuma de prata ou outro ordinário) onde todo o gás da bebida tivesse escapado!!
Imaginou? intragável não é verdade?? tanto foi que nem consegui terminar de beber minha taça e jogamos o restante do vinho todo no ralo!! Espero que um dia encontre um outro colheita tardia que me agrade e tenha preço acessível, pois senão continuarei bebendo vinhos do porto principalmente feito pela Real Cia Velha de Portugal!!
Pra resumir, achei um horror o vinho e certamente jamais comprarei outra garrafa e não recomento a ninguem!!

Miolo Seleção 2009 Rosé



Este vinho foi degustado em 09/04/10 e foi comprado no supermercado Prezunic da ilha do governador por R$17,00, levando-se em conta que junto da garrafa veio como "brinde" um saca-rolhas personalizado da Miolo.
Para muitos os vinhos rosados são aqueles indefinidos visto que são tão encorpados como a maioria dos tintos nem aquela acidez e refrescância da maioria dos vinhos brancos, estou falando maioria, pois sei que existem tanto os tintos leves quanto os brancos encorpados.
Em relação ao vinho, ele possui uma cor bem viva de rosa indo para o alaranjado, com aromas frutados destacando-se o morango talvez um pouco de pêssego (?). Na taça formaram-se poucas lágrimas e cor bem límpida. Na boca mostrou-se um vinho fácil de beber, ideal para quem está começando no mundo dos vinhos, mas confesso que esperava um pouco mais de corpo do vinho. Trata-se de um vinho jovem que deve ser consumido o mais breve possível.
Acredito que valeu mais a compra pelo fato de vir o abridor junto (rs), pois achei 17 reais um pouco caro para um vinho bem simples e so compraria novamente se custasse no máximo 15 reais.

sábado, 10 de abril de 2010

Casillero Del Diablo Reserva Carmenere 2008



Por este carmenere paguei 30 reais no Extra da Ilha, eu já tinha uma garrafa dele comprada no mês passado, porém decidi em comprar outra pra perceber como ficaria o vinho em guarda por mais uns 2 anos.
Desta forma abrimos hoje a garrafa uma das garrafas a fim de acompanhar um delicioso frango a passarinho feito por minha querida companheira, Vanessa.
A minha primeira impressão ao abrir a garrafa foram os aromas de baunilha proveniente das barricas que o vinho passou por cerca de 8 meses segundo a Concha y Toro. Na taça apresentou um tom violeta bem vivo, com poucas lágrimas na taça. Na taça o vinho apresentou um forte aroma frutado combinado e um pouco tostado possivelmente por causa das barricas.
Na boca além de frutas vermelhas bastante comuns na casta, apresentou um forte aroma de café, puxando talvez para aquele café que você faz e fica um pouco passado (?). Este aroma de café eu percebi mais após o vinho ter respirado um pouco na garrafa. Percebi também após a garrafa ter esquentado um pouco a grande presença dos taninos bastantes vivos através de um gosto de pimentão verde. E também como vinho mais quente o álcool queimou um pouco.
Na verdade em se tratando de uma safra muito recente (2008) o vinho tende a evoluir muito ainda se guardado por mais uns 3 anos, principalmente para que os taninos sejam mais domados o que acabou por desequilibrar um pouco o vinho. No geral é um bom vinho porém está muito jovem e tem um bom potencial de melhora com o passar dos anos.

Vinho Verde Gatão



Em qualquer grande supermercado do Rio de Janeiro, talvez do Brasil, você deve encontrar uma garrafa deste Vinho!, possivelmente custando de 10 a 15 reais no máximo a garrafa sempre lhe chamará a atenção pela beleza e cor viva do vinho! Confesso que sempre tive vontade de comprar uma garrafa dessas, mas sempre ficava receoso de ter jogado meu dinheiro no lixo.
Mas não foi o que aconteceu. No dia 09/04/10 fui ao supermercado Mundial como sempre e tomei coragem e comprei uma garrafa por 12 reais. Desta forma coloquei na geladeira e conforme recomendação da vinícola consumi hoje 10/04/10 bem gelado! Ao abrir a garrafa saltou um singelo mas não muito forte aroma cítrico, talvez de limão ou lima. Na taça uma coloração amarela bem clara e límpida com alguns tons esverdeados. Na boca conformou-se este aroma cítrico agora talvez um pouco de abacaxi(?).
Como todo vinho verde é um bastante refrescante ideal para os dias mais quentes e muito fácil de se beber. Serve para ser degustado sem compromisso, pois é um vinho simples. Confesso que esperava um pouco mais principalmente pelas propagandas, mas na verdade pelo preço pago não tenho porque reclamar. Não me arrependi da compra e certamente nos próximo verão ou nos dias quentes do Rio comprarei outra garrafa.

Salton Classic Tannat 2009


Uma garrafa degustada em 09/04/10. Cor vermelha rubi com notas mais claras. Ao abrir a garrafa percebe-se o curto estágio pela madeira ( de 3 a 6 meses segundo a vinícola), principalmente o aroma característico de baunilha. Na taça sente-se aromas de frutas vermelhas maduras como morango e amora. Após a agitação da taça, percebe-se que se trata de um tannat, pois o vinho tem muita personalidade e os aromas começam a explodir. Na degustação sente-se os taninos muito vivos com um forte aroma de pimentões verdes, além de tostados. Os vinhos desta cepa apresentam muita personalidade que em um primeiro gole você sente sua boca envolvida. Particularmente nos varietais é minha cepa preferida. Não é um vinho fácil de se beber, mas muito apreciam a agressividade e personalidade dos Tannat.

Para aqueles que estão iniciando e conhecendo as cepas dos vinhos, o Salton Classic é uma boa opção dentre os mais baratos, e valeu a pena os R$ 9,90 no Mundial da Ilha do governador.