sábado, 29 de maio de 2010

Vinho Verde Rosé Casal Garcia

Sou um fã declarado do vinhos verdes, que é um tipo de vinho bastante tradicional de Portugal, cuja a origem por vezes é meio contraditória, uns dizem ser um vinho para se beber jovem, outros dizem que é por causa da uva que é vinificada antes de sofrer total amadurecimento e outro ainda dizem que é vinho verde pois a região onde ele é produzido fica verde o ano inteiro.
Não pretendo entrar no mérito desta questão, mas fato é que vinho verde é sem dúvida um vinho com características muito peculiares.
Principalmente pelo fato de parte da fermentação do vinho ocorrer na garrafa, que geram as famosas "agulhas" como diriam os portugueses dá a bebida uma refrescância ímpar bem como seus aromas frutados que explodem na taça.
O vinho degustado é produzida pela famosa vinícola Casal Garcia muito popular no Brasil, e desta vez resolvi experimentar um vinho verde rosé. Muito dizem que vinho verde rosé ou tinto não são muito bons, mas como todo enófilo tive a curiosidade de provar este rosé.
Na taça apresentou uma coloração rosa tendendo ao alaranjado, ressaltando o aroma de maçã e talvez um quê de morango meio verde.
Na boca ressalta-se o aroma da maçã, principalmente a sua casca, e uma moderada presença das agulhas.
Em outra oportunidade já havia provado o vinho verde branco da mesma vinícola, que na minha opinião se saiu melhor. Mas não foi uma má compra de aproximadamente R$ 25, valeu sobre tudo para se experimentar o verde rosé, mas certamente o branco é uma melhor pedida.

sábado, 22 de maio de 2010

Luis Felipe Edwards Gran Reserva Merlot 2007


Desta vez decidi comentar uma vinho chileno pois havia algum tempo que não degustava os vinhos daquele país que normalmente produz excelentes vinhos a preços bastante acessíveis aqui no Brasil.
Na faixa de R$ 30 até R$ 55 reais encontramos ótimos chilenos até nos supermercados, que têm tido um papel muito importante na popularização dos vinhos visto que o consumidor de vinhos no nosso país começa a querer adquirir vinhos e espumantes de mais qualidade e muito se deve a melhora do padrão econômico das pessoas.
Ao vinho. Este foi produzido pela vinícola chilena Luis Felipe Edwards e facilmente encontrado nos grandes supermercados. Desta vez procurei variar um pouco dos execelentes carmenère chilenos e optei por comprar este Merlot 2007. Pela garrafa, muito bonita por sinal, pagamos cerca de R$ 35 reais no Extra da Ilha do Governador. Segundo a vinícola o vinho estagiu por 12 meses em barris de carvalho francês. Possui a graduação alcoólica de 14%.Na taça apresentou uma cor roxa rubi bem escura com leves tons atijolados. Apresentou também aromas frutados destacando-se morango e amora e um leve sabor de baunilha. Taninos vivos e persistência de regular para boa. Esperava um pouco mais corpo por se tratar de um Gran reserva, mas o vinho estava bem redondo. Taninos vivos e necessitando de um pouco mais de evolução. O álcool não incomodou nem um pouco, e certamente pelo bom custo-benefício, outra garrafa poderá ser comprada e guardada por mais uma ano em nossa adega.

domingo, 16 de maio de 2010

Espumante Brut Arte Casa Valduga

O espumante que será comentado é da linha Arte da famosa Casa Valduga que é famosa pela produção de vinhos e espumantes prezando sempre pela qualidade de seus produtos e embora seja uma grande vinícola nacional passa sempre a impressão de ser uma vinícola bem familiar devido ao cuidado e esmero que têm com seus produtos.
Nas nossas últimas férias visitamos a vinícola gaúcha que possui uma imensa área para a produção de espumantes, sendo que eles só produzem pelo método tradicional.
Vamos ao espumante. Trata-se de um corte de 70% de chardonnay e 30% pinot noir. Depois de feito o vinho base, já na segunda fermentação o vinho ficou cerca de 12 meses em contato com as leveduras que possibilitam um tom mais amarelado ao espumante bem como a persistência do perlage.
Na taça apresentou uma com amarela bem viva se assemelhando bastante a cor de cerveja pilsen. Da mesma forma as borbulhas muito presentes e persistentes, bem como bastante espuma!
Na boca apresentou muito boa cremosidade envolvente, típica dos espumantes produzidos pelo método champenoise, e um leve aroma tostado, possivelmente de um curto estágio em barricas de carvalho, e vale dizer que a Casa Valduga só usa do carvalho francês. Nota-se também notas de frutas frescas talvez abacaxi (?).
É um espumante de médio corpo porém muito fácil de beber, sem contar aquela sensação de refrescância bem comum da bebida!!
Pela garrafa pagamos cerca de R$ 30 em uma adega na cidade de Cabo Frio - RJ, e como já comentei anteriormente até R$ 50 reais fuja dos espumantes importados, pois certamente você encontrará nacionais de muito melhor qualidade!!

domingo, 9 de maio de 2010

A sabragem de espumantes!!


Muitos apreciadores dos "vinhos borbulhantes" não vêem com bons olhos a sabragem das garrafas pois acreditam que o ato de abrir brutalmente a a garrafa faz com que o gás carbônico presente saia mais rapidamente e o sabor do espumante acabe por ser alterado.
Pode até ser que isso ocorra, mas a sabragem é uma tradição que vem desde os tempos de Napoleão lá pelo século XVIII, que em clima de euforia, o general ao retornar de alguma batalha vitoriosa ou não como um grande admirador dos espumantes esse vinho era “merecido nas vitórias e necessário nas derrotas”.
Nos dias atuais essa tradição está presente nas comemorações por dar um tom charmoso e eufórico nas festas, pois afinal o espumante é a bebida da alegria.
Da mesma forma as grande vinícolas da serra gaúcha percebendo o interesse dos visitantes, mantém viva esta tradição e comumente nas degustações dos espumantes uma ou outra garrafa foi aberta pela sabragem. No meu caso não foi diferente, tanto na visita da Peterlongo, quanto da simpática vinícola Garibaldi da qual eu fiz este pequeno vídeo, houve a demonstração desta tradição Napoleônica.

sábado, 8 de maio de 2010

Miolo Reserva Merlot 2007

Este vinho é produzido pelo gigante grupo da Miolo com uvas originárias do vale nos vinhedos na serra gaúcha a qual visitei nas minhas ultimas férias e fiquei bastante impressionado com a estrutura da vinícola para o recebimento de turistas bem como a beleza ímpar da região.
Durante a visitação foram degustados vários vinhos sendo que fica a cargo do visitante a escolha pelos vinhos mais caros da vinícola ou os mais simples. Aquele que desejar degustar os mais caros paga o valor de 15 reais, valor este que é totalmente convertido em bônus para a compra no varejo da Miolo.
Vamos ao vinho, esta garrafa me custou R$ 23 no supermercado Mundial da Ilha, e este não é considerado um dos "top" da vinícola, mas está posicionado de maneira intermediária, pois a linha reserva da Miolo trata-se de um vinho produzido com mais cuidado tanto na seleção das uvas como na vinificação em si. Esta reserva estagia 50% em barricas de carvalho francês e americano e os outros 50% descansam em tanques de inox. Essa garrafa eu consumi em 01/04/10. Na taça apresentou muitas lágrimas com uma cor rubi bastante viva.
Possui um aroma bem frutato, de amoras e framboesas e taninos muito vivos, porém percebi um defeito que incomodou muito que foi álcool. O álcool estava se destacando muito apesar de sua graduação ser de 13% ele se destacava tanto no nariz quanto na boca.
No fim de semana passado degustei uma garrafa do volpi merlot da Salton e achei o vinho muito mais redondo sem o álcool incomodar!! E olha que é um vinho da mesma faixa de preço do reserva da Miolo. Talvez de outra safra o vinho esteja mais redondo, mas sinceramente não gostei deste,

sábado, 1 de maio de 2010

Vinha Dourada Reserva 2005



Este é o primeiro comentário que faço para Confraria Brasileira de Enoblogs cujas publicações eu já acompanhava há um certo tempo, e fiquei muito feliz ao receber o convite para participar da confraria através do confrade Gil do blog Vinho para Todos e espero que minhas postagens ajudem a engrandecer a CBE, lembrando sempre que todas as minhas publicações são meras impressões de mais um enófilo no mundo dos vinhos que não têm nenhuma pretensão comercial nem mesmo profissional, somente mais um amante de vinhos que desejou externar sua opinião, bem como compartilhar suas "eno-experiências".
Desta forma para o mês de maio foi o seguinte tema: "
vinho tinto, elaborado com três uvas. Liberdade para escolher país e faixa de preços" proposto pelo confrade Daniel Perches do Vinhos de Corte.
Vamos ao vinho. Trata-se de um vinho português da região do Douro (D.O.C.), é um assemblage de 50% touriga-franca, 25% de touriga-nacional e 25% de tinta Roriz. Segundo rótulo da garrafa o vinho estagiou 6 meses em barricas de carvalho americano antes de ser engarrafado.
Na taça apresentou cor vermelha tendendo ao bordô com poucos tons tendendo a cor do tijolo, caracterizando um início de evolução. Da mesma forma apresentou lágrimas abundantes e aromas bastante frutados, principalmente frutas negras como amora e um quê de ameixa. Na primeira taça percebe-se a presença dos taninos não muito fortes, mas presentes principalmente com aquele sabor característico de pimentões verdes. Percebe-se levemente a presença de madeira com um suave aroma de baunilha que ajuda a equilibrar os aromas do vinho.
Na segunda taça após o vinho respirar um pouco, percebe-se um leve adocicado do vinho bem como se ressalta o sabor de amoras bem maduras que é aquela mistura do doce com um leve azedinho. Por fim trata-se de um vinho redondo onde a madeira e os taninos não são tão ressaltados e garantindo ao vinho um bom corpo. Considerando o valor pago pelo vinho na faixa de R$ 25 reais no supermercado Prezunic do Rio, com certeza foi uma ótima compra deste vinho que certamente tem um bom potencial de guarda talvez por 2 ou 3 anos.